sexta-feira, 27 de junho de 2014

Homeopatia


Homeopatia geralmente é confundida com fitoterapia, que é a utilização de plantas medicinais no tratamento de doenças, que se assemelha mais ao tratamento convencional do que ao modelo homeopático.



Desde a Grécia Antiga, a Medicina apresenta duas correntes terapêuticas, uma delas está baseada no princípio dos contrários, baseando a  Fitoterapia e a “Alopatia” (Enantiopatia), que buscam suprimir os sintomas das doenças com substâncias (sintéticas ou naturais) que atuem “contrariamente” aos mesmos (“anti-”).
(Ex: antiinflamatório para a inflamação, antiácido para a acidez, antidepressivo para a depressão, antitérmico para a febre, etc.).

Baseando-se no princípio dos semelhantes, em 1796, o médico alemão Samuel Hahnemann (fig.1) criou a Homeopatia (tratamento através de substâncias que causam sintomas “semelhantes” aos da doença a ser tratada), apoiando-se na observação experimental de que toda substância capaz de provocar determinados sintomas numa pessoa sadia pode curar estes mesmos sintomas numa pessoa doente.
Ao contrario do que se pensa, a Homeopatia é um sistema científico definido, com uma metodologia de pesquisa própria, apoiada em dados da experimentação farmacológica dos medicamentos em indivíduos humanos (sadios), reproduzidos ao longo dos séculos.


Fig. 1 - Samuel Hahnemann
fonte: http://www.homeogados.com.br/historia-da-homeopatia/


A medicina homeopática busca causar em indivíduos sadios sintomas semelhantes ("homeo") aos que desejam combater nos indivíduos doentes, e através disso estimular o organismo a reagir contra sua enfermidade.


As ultradiluições das substâncias (medicamento dinamizado) são utilizadas com o intuito de diminuir o poder patogenético das mesmas, evitando uma possível agravação dos sintomas quando se administram doses fortes de uma substância que causa sintomas semelhantes aos do paciente, de forma análoga às doses infinitesimais da imunoterapia clássica.



Figura 2 – Ilustração da Técnica de dinamização (diluições seguidas de sucussão, ou outra forma de agitação ritmada).
Fonte: http://museudinamicointerdisciplinar.wordpress.com/2014/06/15/saiba-mais-sobre-a-homeopatia/



A homeopatia só obteve popularidade no final do século. No entanto, com a medicina moderna, a homeopatia passou a ser  vista como ultrapassada e a sua popularidade caiu. Essa tendência foi revertida recentemente.
Para a homeopatia, as doenças são geradas pelo desequilíbrio do organismo. Portanto, o clínico homeopata não investiga somente sintomas isolados, mas considera o paciente como um todo, corpo e mente. Assim, a homeopatia trata o doente e não a doença.
O medicina homeopática é derivada de plantas, animais ou minerais invariavelmente através da técnica  chamada dinamização (Fig. 2). Essa técnica potencializa as propriedades medicinais da substância original. 
Segundo a Agência Nacional de Saúde – ANVISA, medicamentos homeopáticos são medicamentos dinamizados preparados com base nos fundamentos da homeopatia, cujos métodos de preparação e controle estejam descritos na Farmacopeia Homeopática Brasileira, edição em vigor, outras farmacopeias homeopáticas, ou compêndios oficiais reconhecidos pela ANVISA, com comprovada ação terapêutica descrita nas matérias médicas homeopáticas ou nos compêndios homeopáticos oficiais reconhecidos pela ANVISA, estudos clínicos, ou revistas científicas.
A homeopatia é frequentemente indicada para problemas do trato gastrointestinal, ginecológicos, dermatológicos, respiratórios, doenças alérgicas, entre outras. Além disso, pode buscar a cura para problemas emocionais como a depressão. Contudo, em alguns pacientes que sofrem de distúrbios graves como diabetes ou câncer não devem substituir a terapia convencional, porém existem estudos que demonstram benefícios com associação de medicamentos homeopáticos.
O Ministério da Saúde, em maio de 2006, publicou a portaria nº 971 que aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde. Entre todas as terapias complementares, a homeopatia é a mais popular.








Saiba mais aqui:
http://museudinamicointerdisciplinar.wordpress.com/2014/06/15/saiba-mais-sobre-a-homeopatia/
www.homeozulian.med.br -  Dr. Marcus Zulian Teixeira 

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Compostagem Orgânica



A compostagem,   sua importância, mecanismos onde comprar e projetos interessantes para redução do lixo orgânico  que podem fazer a diferença!

Simplificação do processo de compostagem
A compostagem é o processo de transformação de materiais grosseiros, como palhada, estrume e o lixo orgânico , em materiais orgânicos utilizáveis na agricultura. O processo demanda tempo,  e  transformações bioquímicas complexas, realizadas pelos microrganismos presentes no solo.
Portanto uma pilha de composto não é apenas um monte de lixo orgânico empilhado ou acondicionado em um compartimento. É um modo de fornecer as condições adequadas aos microorganismos para que esses degradem a matéria orgânica e disponibilizem nutrientes para as plantas.

O composto é o resultado da degradação biológica da matéria orgânica,  e só ocorre em presença de oxigênio do ar, sob condições controladas pelo homem. Os produtos do processo de decomposição são: gás carbônico, calor, água e a matéria orgânica “compostada”.

A matéria orgânica “compostada” possui diferentes nutrientes minerais como nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, que são assimilados em maior quantidade pelas raízes das plantas.
Quanto maior a diversidade de materiais  usados para o preparo do composto, maior é a variedade de nutrientes resultantes. 
Diferindo dos adubos sintéticos altamente solúveis, os nutrientes do composto, são liberados lentamente, realizando a tão desejada “adubação de disponibilidade controlada”. ou seja, o composto  permite  que as plantas extraiam o nutrientes  de que precisam de acordo com suas necessidades diárias.

O composto também melhora a  “saúde” do solo.  A matéria orgânica compostada se liga às partículas (areia, limo e argila), formando pequenos grânulos que ajudam na retenção e drenagem da água e melhoram a aeração. Além disso, a presença de matéria orgânica no solo aumenta o número de minhocas, insetos e microorganismos desejáveis, o que reduz a incidência de doenças de plantas.



Na cidade de São Paulo
O prefeito Fernando Haddad lançou na segunda-feira (16/6) um projeto inédito de compostagem doméstica, que irá distribuir 2.000 composteiras para reutilização de resíduos orgânicos. O processo transforma restos de alimentos em adubo e reduz a quantidade de resíduos enviados aos aterros da cidade

"A nossa meta é diminuir em 20 anos 80% do resíduo que vai para aterro hoje e que ocupa espaço precioso na cidade, que deveria estar sendo usado para parques ou CEUs”, afirmou Haddad. Em 5 de junho.

Quando depositados nos aterros sanitários, os resíduos orgânicos resultam em problemas ambientais, como por exemplo a formação de chorume tóxico, que pode infiltrar-se no solo e contaminar a água subterrânea. Diariamente, são enviados para o aterro sanitário 18 mil toneladas de resíduos, sendo 10 mil toneladas de resíduos domésticos. Dos resíduos domésticos, 5.000 toneladas diárias são resíduos orgânicos.  “Estamos falando em cerca de 50% dos resíduos que vão para os aterros e poderão ser desviados de lá se a população se engajar. A compostagem em domicílio, além de ser uma ação cidadã, é também uma ação de consciência ambiental”, disse Silvano Silvério, presidente da Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana).
Leia mais aqui (http://www.capital.sp.gov.br/portal/noticia/3351#ad-image-0)

Entre os Benefícios destaca-se:
 - Estímulo ao desenvolvimento das raízes das plantas, que se tornam mais capazes de absorver água e nutrientes do solo.

- Aumento da capacidade de infiltração de água, reduzindo a erosão.

- Mantém estáveis a temperatura e os níveis de acidez do solo (pH).

- Dificulta ou impede a germinação de sementes de plantas invasoras (daninhas).

- Ativa a vida do solo, favorecendo a reprodução de microorganismos benéficos às culturas agrícolas.

Mas como fazer sua compostagem em casa e ficar com a consciência tranquila?
Primeiro  é necessário adquirir um kit de compostagem, o que pode ser feito nesse site (http://www.ecoisas.com.br/utilidades/composteiras) ou em outro site do ramo.

Depois de adquirir um kit é só seguir  os passos descritos na imagem abaixo

Passo à passo sobre como fazer sua própria compostagem em casa.

DICAS:
- Não use casca da batata porque dá mau cheiro;
- Não use castas de frutas cítricas como laranja, limão e etc;
- Não coloque sementes, pois na terra que usar essa compostagem poderá nascer mudas das sementes jogadas.




MAIS LEITURAS E REFERENCIAS:

http://planetaorganico.com.br/site/index.php/compostagem/
http://www.ecoisas.com.br/utilidades/composteiras-1.html?gclid=CjkKEQjwia-dBRC07eeatYGe-78BEiQArZhbgDeOuIFSjfPOzrF5HmuPiPaxHDRyJyfRjE5F5Y3CP9vw_wcB

http://carlabrum.blogspot.com.br/2012/06/dica-da-semana-voce-conhece-compostagem.html

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Observando aves de rapina

Nós biólogos, muitas vezes quando vamos fazer alguma saída de campo de alguma disciplina ou coleta de dados para algum trabalho científico nos deparamos com alguns seres bem legais. Quem nunca ouviu o pio de um gavião que quebra o silencio por onde estamos passando?


Apesar de não estudar a fundo esses animais, adoro vê-los sempre quando posso e tenho disponibilidade. Até paro de fazer alguma coisa, quando vejo esses belos seres na cidade, só pra ficar observando.



Gavião Carijó (Rupornis magnirostris) - Foto do Blog o mundo animal

O site Aves de rapina do Brasil: www.avesderapinabrasil.com nos trás algumas dicas e técnicas para fazer a observação destes animais:

Fatores que afetam a observação: Muitas espécies de aves de rapina são diurnas e algumas são mais vistas nos horários mais quentes do dia (10 às 15 horas), por que nesse horário as correntes de ar estão mais quentes e facilita a ascensão desses animais a locais mais alto no céu. No entanto as espécies florestais são mais observadas durante as primeiras horas do dia quando estão fazendo baixos vôos na floresta. O período do ano também afeta a observação. A maioria das espécies ficam mais ativas semanas antes da nidificação, pois nessa etapa a procura por parceiros e estabelecimento de territórios é bem alta, então esses animais acabam vocalizando muito e ficando muito ativos. O clima também altera a observação desses animais em dias com nevoeiros ou chuvosos as chances de encontrar esses animais é muito baixa.

Métodos para observar esses animais:

Ponto fixo: Esta técnica se consiste em escolher um ponto na paisagem (geralmente pontos com ampla visão do local e que sejam altos), e permanecer fixo ali por um período. Essa técnica necessita de muita paciência pois muitas vezes as aves demoram para dar um "Oi". Esta técnica deve ser utilizada em campos abertos. Em florestas, o observador deverá permanecer no dossel da floresta para conseguir visualizar melhor.

Transects: Esta técnica é ótima para locais de fácil deslocamento e para quem adora caminhar. Durante o percurso o observador vai fazendo anotações sobre os indivíduos que avistou. Essa técnica não é recomendável para trilhas dentro da mata. Mas sim caminhadas na borda da floresta. Muitas espécies como o gavião-pato (Spizaetus melanoleucus) chegam até a borda da floresta para caçar pequenos mamíferos. Outras espécies ainda utilizam a borda da floresta, como poleiro para descanso.

Playback: Essa técnica é utilizada em pontos nos transectos feitos no interior da floresta. Ela é ótima para observar aves florestais. A técnica é baseada na atividade de reproduzir por alguma caixa de som a vocalização de alguma espécie. Muitas vezes as aves de rapina respondem ao som ou se aproximam da fonte do som. Essa técnica deve ser utilizada com prudência, pois esses sons estressam os animais e alteram seu comportamento.

Dicas Gerais:

- Utilização de binóculos pois estas aves não gostam da aproximação humana.
- Roupas leves e que não absorvam muita umidade. De preferência cores que se assemelham a vegetação, para que você se passe despercebido pelas aves.
- Quando as observações forem feitas em grupo, evitar conversas pois elas dispersam e assustam os animais.
- Se suspeitar que alguma área esteja sendo utilizada como ninho, não se aproxime, fique em uma distancia segura para você e a ave.
- Evite locais com pouca segurança. Avise sempre alguém o lugar que você está indo.
- Leve consigo uma câmera fotográfica com zoom minimo de 15x, assim você conseguirá uma boa aproximação e fará fotos interessantes.
- Leve uma mochila, com alimentos leves, água, repelente e protetor solar.
- Respeite sempre a fauna e flora do local que você está visitando.

Foto de observação por ponto fixo - Foto de Andrei Saviczki.



Observação por binóculos                                                                          Observação feita por transectos



Referências:
http://avemissoes.blogspot.com.br/2012/11/encontrando-rapinantes-diurnos.html
http://conservacaopuc2011.blogspot.com.br/
http://www.avesderapinabrasil.com/hawkwatching.htm




sábado, 21 de junho de 2014

Aves de Rapina - Patrulheiras do ar

Aves de Rapina



O assunto de hoje é sobre essas lindas aves que fazem um importante papel ecológico em seus Habitats. As aves de rapina são conhecidas por serem eficazes caçadoras e também por várias particularidades.


Elas são chamadas de aves de rapina (rapina = raptar, aves que rapinam) devido a alta atividade dessas aves em suas caças. Em geral possuem bicos pontiagudos utilizados para rasgar a carne e garras muito fortes que seguram a presa além de possuírem audição e visão muito aguçadas. Os exemplos mais conhecidos são as águias, corujas, gaviões, falcões e urubus. No mundo são registradas mais de 550 espécies de aves de rapina, sendo 340 de espécies diurnas (gaviões, águias, falcões) e são encontrados em todos continentes do mundo. Nos mais variados habitats do mundo. Desde florestas tropicais até as regiões frias da Taiga do hemisfério norte. Podem apresentar indivíduos de 50 g até de 9 kg. Como são predadores de topo, são altamente sensíveis a metais pesados e por isso são ótimos bioindicadores. Se em um habitat existem indivíduos saudáveis e férteis, significa que o local propicia presas o suficiente para sua sobrevivência. No Brasil existem as seguintes ordens: Accipritiformes (Águias), Falconiformes (Gaviões e Falcões), Strigiformes (Corujas), Catharthiformes (Urubus). 


Abaixo vão algumas características de algumas espécies.

 O Falcão peregrino (Falco peregrinus) atinge até 300 Km/H nas suas caçadas, nos paredões do litoral canadense e esse mesmo animal pode ser observado no Brasil a partir do mês de Outubro até os meses de março e Abril. Essa viagem dura cerca de 30 - 40 dias. Eles migram fugindo das baixas temperaturas do hemisfério norte durante o inverno. Outro exemplo da particularidade dessas aves são os gaviões caramujeiros. Estas aves se especializaram tanto durante a evolução de sua espécie, que atualmente sua dieta alimentar é preenchida quase exclusivamente por caramujos do gênero Pomacea. Quando há falta de caramujos eles se alimentam de caranguejos-de-água-doce encontrados no Pantanal. 

 
Falcão-peregrino.




Gavião Caramujeiro - Foto de Orlando José Machado


Gavião Caramujeiro - Foto de Dario Sanches



Outra Ave interessante é o Gavião-Carijó (Rupornis magnirostris), são muito encontrados na área urbana e são muito territorialistas. Sua alimentação é a base de vários artrópodes, pequenos répteis, pequenos mamíferos, aves e alguns morcegos quando são encontrados repousando durante o dia. Ocorre desde o norte do México até o norte da Argentina. 













Gavião-Carijó se alimentando (só restou as pernas). Foto de Cláudio Dias


















Gavião-Carijó tentando diminuir o frio - Foto de Ronai Rocha


A Coruja-buraqueira (Athene cunicularia) é uma das corujas mais comuns do Brasil. Ela é caracterizada por fazer seus ninhos em buracos cavados por ela (daí o nome kk), como essas aves não possuem papo, é comum encontrar próximos de seus buracos pelotas com regurgitação de alimentos que ela não consegue digerir, como ossos de pequenos vertebrados e élitros de coleópteros. Sua alimentação é baseada em roedores, morcegos, répteis, insetos e aves. São muito territorialistas, e quando se sentem ameaçadas emitem um som alto e estridente que alerta os membros da sua espécie que estão próximo do local. Ocorre desde o Canadá até a Terra do Fogo. Possuí alta capacidade de colonizar locais alterados pela ação humana, são diurnas e noturnas, mas permanecem mais ativas durante o crepúsculo.
















Duas Buraqueiras - Foto de Celi Aurora


















Buraqueira em Mandaguaçu- PR - Foto de Douglas Souza.


Mais informações sobre Aves de Rapina neste ótimo site: http://www.avesderapinabrasil.com/index.htm

E este breve vídeo falando das Aves de Rapina localizadas na Reserva Ecológica das Perobas Em Tuneiras do Oeste no Paraná. https://www.youtube.com/watch?v=TFcO67Ahxmk




E olhem também essa corujinha haha http://9gag.tv/p/aKAWOx/this-super-chill-owl-doesn-t-give-a-fuck-no-matter-how-you-move



Referências:
http://www.avesderapinabrasil.com/materias/falcao_peregrino_brasil.htm
http://www.avesderapinabrasil.com/rostrhamus_sociabilis.htm
http://www.avesderapinabrasil.com/athene_cunicularia.htm

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Livros em PDF - Genética e Microbiologia

Boa Noite leitores assíduos do BioBlog, trago para vocês mais dois livros de duas áreas que muita gente ama (menos eu kk).




O primeiro é um dos melhores livros em Genética e Biologia Molecular. Introdução à Genética - Nona Edição. Anthony J. F. Griffiths.



O segundo é um clássico da Microbiologia. Quem adora essa área da Biologia ou está precisando tirar nota nessa bela disciplina vai adorar esse livro. Microbiologia 4º edição - Trabulsi.
Link para download: https://www.dropbox.com/s/6cz856jlc9xtcok/Microbiologia%20basica%20trabulsi%204ed.pdf


É isso aí pessoal! Quem tiver sugestões de mais livros ou documentos que possamos postar, comenta nesse post :)



A beleza esta em todo lugar

Biólogos  tem essa mania de olhar todos os seres vivos e achar uma gracinha, na visão do biólogo até os seres mais estranhos são lindos  e merecedores de respeito.
Hoje iremos falar sobre mais uma espécie incrivelmente linda o caracol.


Caracóis pertencem ao filo Mollusca, e a classe Gastrópoda,  e a Sub-Ordem Stylommatophora são seres terrestre de concha espiralada e calcária, outro representante dessa sub-ordem são as lesmas.O termo "caracol" deriva do Latim "cochleolus" , no Brasil é usado principalmente para as espécies terrestres, enquanto que as espécies aquáticas são chamadas caramujos.
O caramujo-gigante-africano, Achatina fulica, é um molusco oriundo da África e foi introduzido ilegalmente em nosso país na década de 80, no Paraná, com o intuito de substituir o escargot, uma vez que sua massa é maior que a destes animais. Levado para outras regiões do Brasil, a espécie acabou não sendo bem-aceita entre os consumidores, e também proibida pelo IBAMA, fazendo com que muitos donos de criadouros, displicentemente, liberassem seus representantes na natureza, sem tomar as devidas providências.
Sem predadores naturais, tal fator, aliado à resistência e excelente capacidade de procriação desse animal, permitiram com que esse caramujo se adaptasse bem a diversos ambientes, sendo hoje encontrado em 23 estados.
Além de destruírem plantas nativas e cultivadas, alimentando-se vorazmente de qualquer tipo de vegetação, e competir com espécies nativas – inclusive alimentando-se de outros caramujos; tais animais são hospedeiros de duas espécies de vermes capazes de provocar doenças sérias. Felizmente, não foram registrados casos em que essa doença, em nosso país, tenha sido transmitida pelo caramujo-gigante.
São elas:
- Angiostrongylus costaricensis: responsável pela angiostrongilose abdominal, doença que provoca perfuração intestinal, de sintomas semelhantes aos da apendicite;
- Angiostrongylus cantonensis: responsável pela angiostrongilíase meningoencefálica, de sintomas variáveis, mas muitas vezes fatal.
Tanto uma quanto outra ocorrem pela ingestão do parasita, seja pelo manuseio dos caramujos, ou ingestão destes animais sem prévio cozimento, ou de alimentos contaminados por seu muco, como hortaliças e verduras. Assim, é importante o uso de luvas ou sacolas de plástico ao manipular os caramujos, cozer antes se comer a sua carne, e desinfeccionar itens alimentares, lavando-os e deixando-os de molho de quinze minutos a meia hora, em aproximadamente uma colher de água sanitária para um litro de água.
Quanto ao controle desse molusco, indica-se a catação manual dos indivíduos e de seus ovos, colocando-os em dois sacos plásticos, com a posterior quebra de suas conchas antes de eliminá-los. Isso porque tais estruturas podem acumular água, sendo um criadouro em potencial para os ovos do Aedes aegypti. Depois, recomenda-se a aplicação de cal virgem sobre os caramujos quebrados, e o posterior enterramento, em local longe de lençóis freáticos, cisternas ou poços artesianos.
As diversas espécies de caracóis se distinguem especialmente pela concha que é, na verdade, o exoesqueleto (esqueleto externo) pesando pouco mais de um terço do peso total.
Os caracóis não tem audição e utilizam especialmente os sentidos do tato e do olfato que se situam em todo o corpo mas principalmente nas antenas menores já que pouco enxergam com os olhos situados nas pontas das antenas maiores.
Ao lado da boca fica o aparelho genital e a entrada e saída do ar dos pulmões, o pneumóstoma (Orifício da cavidade respiratória dos moluscos pulmonados, pelo qual o pulmão é posto em contacto com o meio ambiente), que fica embaixo da concha (Fig. 1).
                                
fonte:http://www.terraritalia.com/moduli/print.php?a=23

As poucas espécies carnívoras alimentam-se de minhocas ou de outros caracóis e lesmas. Os caracóis terrestres são encontrados em ambientes de solo úmido, não encharcado e são difíceis de ser observados durante o dia, uma vez que grande parte de suas atividades ocorrem durante a noite
Os caracóis são animais hermafroditas incompletos, ou seja, cada um possui os 2 sexos, mas precisam de um parceiro para realizar a cópula ou acasalamento e a fecundação.
Eles formam casais e copulam em média 4 vezes por ano num contato que pode durar até 10 horas. A gestação dura cerca de 16 dias quando então cada parceiro procura um lugar úmido, limpam a superfície e cavam com a cabeça de 5 a 10 cm para aí colocarem os ovos. Cada um deposita, em média, 100 a 300 ovos dependendo da espécie.
Os caracóis são considerados como iguarias em Portugal e em vários países. Também são bastante apreciados na França e Itália onde são chamados de escargots e lumache, respectivamente.
O uso do caracol na industria do cosmético:
Apesar de incomum e um tanto quanto exótico, esta substância é obtida da baba do caracol Cantareus aspersus que age estimulando a produção de fibroblastos aumentando os níveis de colágeno e elastina na pele, e assim, temos mais firmeza na pele. Contém enzimas que contribuem na reparação e cicatrização da pele, além de ser hidratante e antioxidante. Como conseqüência, a síntese de colágeno e elastina é exacerbada e a velocidade de reparação da pele é normalizada, suavizando as rugas e devolvendo densidade, brilho e uniformidade à pele envelhecida.
O Extrato de Caracol ainda pode conter vitaminas revitalizantes e antioxidantes, alantoína natural com grande potencial cicatrizante, antibiótico natural (efetivo contra diferentes tipos de bactérias) e ácido glicólico que confere à “baba” suave efeito esfoliante ao lado das enzimas.

Cantareus aspersus em uma bácula de pteridófita.

Ainda não achou esse animais "maravilindos"? Então confira as fotos abaixo.

1- Pequeno caracol branco e verde



2 - Caracol usando um guarda chuva elegante


3 - Beijinho no final da tarde



4- Sentado num cogumelo bebendo água



5- O esforço para um beijo

6- Que belo exoesqueleto desse Carracol-do-mato
Curiosamente, caracóis-do-mato atuam como seus próprios cupidos, uma vez que literalmente atiram um “dardo do amor” no seu parceiro antes do acasalamento. Os cientistas acreditam que o dardo ajuda a melhorar suas chances de reprodução.



7- Caracol gigante

8- Caracol de carona
Foto tirada na Ilha Batam, Indonésia, se trata de um filhote que não quis se molhar e aproveitou a carona



9- O alpinismo é muito praticando entre os caracóis.

10- Simplesmente lindo












Fonte:
http://www.acremar.it/Immagini/Molluschi_js.html
http://www.brasilescola.com/doencas/caramujo-transmissor-doencas.htm



quinta-feira, 19 de junho de 2014

Corredores Ecológicos e Ecodutos




Os corredores Ecológicos tem como objetivo principal promover a conexão entre diferentes áreas naturais, de acordo com o Sistema Nacional  de  Unidade de conservação (SNUC) como porções de ecossistemas naturais ou seminaturais, ligando unidades de conservação, possibilitando o fluxo de genes entre elas e o movimento dos seres vivos ali presente, facilitando portanto a dispersão  de espécies  e  a recolonização  de áreas degradadas, assim como a manutenção  de populações que demandam para sua própria sobrevivência áreas com extensão maior do que aquelas das unidades individuais.

Os Corredores Ecológicos visam suavizar os efeitos da fragmentação dos ecossistemas causadas pela ação do homem, promovendo a ligação entre diferentes áreas, com o objetivo de proporcionar o deslocamento de animais, a dispersão de sementes, aumento da cobertura vegetal. São instituídos com base em informações como estudos sobre o deslocamentos de espécies, sua área de vida (área necessária para o suprimento de suas necessidades vitais e reprodutivas) e a distribuição de suas populações. A partir destas informações são estabelecidas as regras de utilização destas áreas, com vistas a possibilitar a manutenção do fluxo de espécies entre fragmentos naturais e, com isso, a conservação dos recursos naturais e da biodiversidade. São, portanto, uma estratégia para amenizar os impactos das atividades humanas sob o meio ambiente e uma busca ao ordenamento da ocupação humana para a manutenção das funções ecológicas no mesmo território.

Mas e quando as áreas de preservação ambiental cruzam com rodovias  ou ferrovias?
A ideia para resolver esse problema surge na década de 50 com as tradicionais passarelas  para pedestres, que garante que os pedestres circulem  em auto-estradas em segurança. Ainda na década de 50  foram criadas as pontes verdes, passarelas ambientais para que animais possam transitar com liberdade e principalmente com segurança

Conhecidas por especialistas como ecodutos, as pontes são montadas com vegetação e terra, de forma a imitar o ambiente da região e permitir a vida de insetos, pássaros e diversos outros animais. Esse tipo de construção está presente em países como a Alemanha, a Suíça, os Estados Unidos e o Canadá, sendo a mais famosa delas chamada de Natuurbrug Zanderij Cariloo, localizada na Holanda, e que conta com mais de 800 metros de extensão, passando por cima de uma auto-estrada, uma via férrea, um rio e um complexo esportivo.

Confira a baixo.


Natuurbrug Zanderij Cariloo, Holanda - Foto © Rombout de Wils

Banff National Park, Canadá - Foto Jim Good

Banff National Park, Canadá - Foto Joel Sartore

Highway A1, Holanda - Foto © Siebe Swart

Highway A20, Alemanha - Foto © Autobahn Online

Highway A50, Holanda - Foto © Wikimedia

Holanda - Foto © Henri Cormont

Montana, Estados Unidos - Foto © Pedigree Artist

Passagem para caranguejos na Austrália - Foto © Christmas Island National Park


Fonte:

Ministério do Meio Ambiente (http://www.mma.gov.br/areas-protegidas/acoes-e-iniciativas/gestao-territorial-para-a-conservacao/corredores-ecologicos)
hypeness – Inovação e criatividade para todos (http://www.hypeness.com.br/2014/06/ecodutos-permitem-que-animais-vivam-livremente-e-com-seguranca-proximos-a-estradas/)

Bovinos bem diferentes

Em alguns locais do globo terrestre habitam três espécies de bovinos bem peculiares. Elas possuem adaptações para viver em locais muito frios. Se parecem muito na morfologia mas cada espécie é endêmica de seus habitats.


Boi almiscarado - Ovibos moschatus
É um representante da Família Bovidae e habita os extremos do hemisfério norte (Canadá, Alasca e Groenlândia). Vaga pela Tundra desses locais a procura de alimento (musgos e líquens). São animais que vivem em manadas de 20 a 40 indivíduos e quando são atacados por alguns predadores ou ventos fortes,  os adultos do grupo formam círculos apertados e defensivos, com as crias no meio. Possuem alta adaptabilidade para viver em locais frios, devido a grande quantidade de gordura depositada em seu corpo e também devido a pelagem que ajuda no isolamento térmico. Estes animais podem atingir 1,4 metros de altura e 2 a 3 metros de comprimento e ainda pesam 320 a 400 quilos vivendo por volta de 20 anos.

Boi almiscarado


Boi almiscarado

Bisão-americano Bison bison
Habita as pradarias Norte-americanas, nos estados do Norte dos Estados Unidos e Sul do Canadá. Esses animais podem atingir até 3,7 metros de comprimento e pesar de 500 kg a 1 tonelada. Eles costumam pastar em manadas e migrarem para o Sul durante o Inverno.Com a colonização norte-americana quase foram extintos, chegando a restar apenas 1000 indivíduos em 1880. Hoje existem 15.000 indivíduos que são considerados selvagens e habitam locais protegidos por lei. Possuem pelagem mais abundante nas regiões cefálica e torácica que aumenta durante o inverno.







Bisão-americano











Grandes ossadas de Bisão-americano no século XIX


Iaque Bos grunniens
São animais bem distintos. Habitam montanhas com altitudes que variam entre 2400 - 5000 metros de altitude. Dessa forma sua fisiologia é muito adaptada a esse fator ambiental. Seus pulmões e coração são maiores do que de bovinos normais e possuem maior capacidade para transportar oxigênio. São encontrados na região do Tibete. Se alimentam de grama e líquens. Podem medir até 2,2 metros de comprimento e pesar até 1200 quilos. A pelagem densa é bem característica desse animal. Essa pelagem os confere proteção contra predadores, por que eles podem se camuflar. Os grandes chifres os auxiliam também na proteção. Infelizmente esses animais por serem endêmicos do Tibete são muito vulneráveis e correm risco de extinção.














Iaques tibetanos


Livros em PDF - Fisio Vegetal e Zoologia

Mais dois livros em PDF.


Esse é um dos primeiros companheiros dos estudantes de Biologia. Zoologia dos Invertebrados. Para mim o melhor livro da área. Muito completo (você encontra tudo de Zoo de invertebrados nele). De Ruppert/Barnes 6º Edição.




O segundo livro é sobre Fisiologia Vegetal. Um ótimo livro para quem está interessado em se aprofundar nos mecanismos de funcionamento das plantas. Autores Lincoln Taiz e Eduardo Zeiger 3º Edição.



Logo teremos mais livros.