domingo, 5 de junho de 2016

Como falar em público?

Todo mundo em alguma fase da vida, teve oportunidades de falar em público. Muitas pessoas detestam isso e não aproveitam a chance de expor suas ideias.









Falar em público é uma das ações mais antigas da humanidade, mas mesmo com isso, muita gente tem medo de se expor. Expor suas ideias, pode abrir novas oportunidades. Mas você deve estar pensando "Como isso vai me ajudar a ser um biólogo melhor?" 

Em nossa profissão, temos várias situações que necessitamos falar em público. Muitos biólogos se inserem na licenciatura, e pelo resto da sua vida profissional, eles terão que proferir suas ideias para diversos alunos. 

Outa ocasião é quando o biólogo vai trabalhar com a área acadêmica, e em algum momento deve mostrar seus resultados (seja para a própria comunidade acadêmica ou para a sociedade). Ultimamente a quantidade de biólogos que participam de audiências públicas para a discussão de algum EIA/RIMA (Estudo de impacto Ambiental/ Relatório de Impacto Ambiental), é enorme e para tal finalidade se deve falar bem em público.

Abaixo vão algumas dicas de como se preparar para esses momentos e qual deve ser a postura durante uma palestra ou até uma aula:

1 - Entusiasmo: Para quem você mais dá atenção em uma conversa? Alguém que está muito interessado em te falar alguma coisa ou alguém que está indiferente ao assunto e não está interessado? Para falar em público, é a mesma coisa. Se você se mostrar empolgado e interessado em passar sua ideia as pessoas te darão mais atenção e a probabilidade que eles entendam o que está sendo proferido será maior. Lembre-se de pensar que o assunto apresentado é o mais importante do mundo para você (mesmo não sendo).

2 - Preparação: Certifique-se de treinar ao menos três vezes a apresentação, Com o treino, a possibilidade de você errar nas apresentações será menor. Para professores isso, é menos possível, pois o número de aulas o impede de treinar para tantas aulas. Mas com o tempo, a apresentação e as ideias acabam fluindo naturalmente. E para cada tipo de público há uma preparação.

3 - Autoconfiança: Essa é a principal característica que alguém que fala em público necessita. É nessa parte que muitos não buscam falar em público. Acham que vão errar, e se importam muito com o que os outros vão pensar. A primeira coisa a se fazer é mentalizar, que você se preparou o bastante para falar sobre determinado assunto e que isso confere uma garantia sobre a veracidade do que você falará. Não se importe se é seu professor, orientador, um juiz ou até o Presidente da república. Se você tem confiança, tudo dará certo. A autoconfiança pode ser transmitida para seus espectadores e a partir desse momento, eles começarão a prestar atenção no que está sendo falado. 

4 - Imprevistos: Fique tranquilo eles sempre aparecerão. Só não deixe que isso influencie sua confiança. Muitas vezes, o data-show não quer funcionar (isso já aconteceu comigo), ou alguém irá se atrasar. Nesses momentos não fique nervoso. Apenas apresente de alguma forma.


Espero que as dicas tenham sido de grande ajuda.

Abaixo está um vídeos sobre o assunto:


















Livro em PDF - Biologia Vegetal - RAVEN


Bom Dia!

Mais um livro em PDF:



Para você que precisa realizar trabalhos com Botânica ou apenas estudar para uma prova kk, ai está um belo livro! Download no link:



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quinta-feira, 2 de junho de 2016

domingo, 29 de maio de 2016

Mimetismo e camuflagem

Já pensou como seriam as interações biológicas se não houvessem formas de dificultar a efetividade dessas interações. Imagine, uma presa que necessita de habilidades para se tornar imperceptível ao seu predador, ou o vice-versa?

Por exemplo, olhe a foto abaixo:


Na foto temos dois insetos tentando se "esconder". Um é o louva-deus (conseguiu ver?), o outro é o bicho-pau. Ambos estão utilizando o ambiente para dificultar que eles sejam encontrados.


Mimetismo e camuflagem são duas formas que os organismos possuem para se assemelhar ao ambiente onde eles estão, ou para se parecerem com algum animal ou planta que lhe darão alguma vantagem. Essas habilidades, são apresentadas após diversas interações existentes entre (competição ou predação), que fizeram com que as duas espécies evoluíssem.


Vamos falar sobre as colorações: Críptica e de advertência.

Para evitar a predação, as presas precisam escolher entre duas estratégias: desenvolver uma aparência camuflada e parecer imóveis ou aperfeiçoar uma coloração forte e que demonstra uma advertência para seus predadores.

Na coloração críptica, além da morfologia, o animal deve alterar também seus hábitos. O bicho-pau da foto acima, apenas não deve ter as cores de gravetos que ele está próximo, como também deve permanecer como tal (Imóvel). Ao contrário ele ficará facilmente perceptível. A coloração críptica é uma característica de animais que são palatáveis.

Já a coloração por advertência ou aposematismo, é uma estratégia mais direta para com o predador. Tais presas, costumam produzir metabólitos secundários que são muito nocivos aos predadores e tentam avisar isso a partir da coloração de advertência. Colorações amareladas ou avermelhadas, induzem aos predadores que tal presa possui alta nocividade e devem ser evitados.

Mas então, por que todas as presas, não são nocivas ou impalatáveis? 

Bem, pense que todas espécies possuem uma quantidade de energia, onde ela deve escolher para o que direcionará ela. Por exemplo, ela pode direcionar para a reprodução e assim, formar uma prole grande, ou pode direcionar para que o animal tenha uma coloração críptica. De acordo com essas escolhas, o animal apresentará morfologia e comportamento distintos.



Mimetismo


Os animais que possuem coloração de advertência, são importantes, pois servem de modelo para outros animais. A partir disso encontramos o mimetismo. O mimetismo nada mais é do que uma estratégia de animais palatáveis se assemelharem com animais impalatáveis, a fim de enganar seus predadores ou ainda o predador se assemelhar com sua presa. Esse tipo de mimetismo se chama mimetismo batesiano.
   

Aranha e formiga (nesse caso a aranha se assemelha a formiga, e utiliza isso para predá-la).




Mosca e abelha (nesse caso a mosca se assemelha a abelha e utiliza isso como uma forma de afugentar seus predadores).


Há um tipo de mimetismo que tem a ver com uma gama de organismos que apresentam o mesmo padrão de coloração. A denominação para essa estratégia é mimetismo mülleriano

O último mimetismo é o reprodutivo e tem a ver com a capacidade de alguns organismos se assemelharem a alguns animais com o fim, de atrair alguns vetores para dispersar sua prole (para animais) ou pólen (para plantas).

                                                              

Orquídea (Ophrys insectifera) possui as flores que se assemelham as fêmeas de uma vespa, onde os machos, tentam copular com a flor e assim, acaba se enchendo de pólen e acaba iniciando a polinização dessa orquídea


O mais interessante é que cada uma dessas estratégias, são conseguidas a partir da interações entre vários predadores-presa em milhares de anos. O importante é que com isso, as espécies conseguem evoluir e apresentar os padrões tão interessantes que encontramos na natureza hoje.




Abaixo um vídeos sobre mimetismo e camuflagem. 

Vídeo do Canal "Eu quero Biologia". Neste vídeo há a apresentação das diversas formas da camuflagem e do mimetismo de forma inteligente e bem humorada.